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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Culto ao lixo


A rede Globo de televisão, continua a sua apologia ao lixo e a anticultura. Mais uma vez ao assistir a chamada de sua novela, chamou-me atenção o conteúdo de mal gosto, e ao requinte de asneira, em sua música tema de abertura. Confira:

Caras e bocas - Chicas

Pra que conteúdo, se a casca é bacana

A foto é perfeita e o risco é sacana

O mundo é blasé, pró seco rosé

Pra que etiqueta, ter boas maneiras

Se estamos do lado de cá da fronteira

Brilhante quintal, glamour nacional

a gente disfarça o motivo

Inventa a situação

Pra ter, pra ganhar, pra roubar, pra chamar a atenção

Eu faço caras e bocas

Com que roupa eu me dou bem

Eu sei que caras e bocas

Me levam para Roma também

O hino a superficialidade. A vida leviana.

  • Pra que conteúdo, se a casca é bacana (Pensamento típico, de pessoas superficiais e burras, leia-se: “patricinhas e mauricinhos”).
  • A foto é perfeita e o risco é sacana (O importante é a foto? Só importa o que é físico, só a estética. Que risco? (seria uma alusão a genitália feminina?). Confira a definição da palavra sacana: adj. m. e f. Diz-se da pessoa canalha, imoral, crápula, desprezível, sem caráter).
  • O mundo é blasé, pró seco rosé (O mundo Blasé ainda vai (blasé significa, arrogante, pomposo, alienado), temos agora um mundo arrogante e superficial, que se afoga em delírios etílicos).
  • Pra que etiqueta, ter boas maneiras (Pra que etiqueta? É verdade, sejamos grossos, sejamos como animais em cochos. Deixemos de todas boas maneiras, sejamos pedófilos, sejamos arruaceiros, desrespeitemos: grávidas, idosos, doentes, etc.O importante é atingir o objetivo!).
  • Se estamos do lado de cá da fronteira (Qual fronteira? Uma referência talvez a Europa, e América do Norte? No Brasil vale tudo??!!).
  • Brilhante quintal, glamour nacional (Uma clara referência a submissão, aos países desenvolvidos. Somos seu quintal??. Não!!! somos uma nação soberana).
  • A gente disfarça o motivo, Inventa a situação (Mentira e manipulação).
  • Pra ter, pra ganhar, pra roubar, pra chamar a atenção (Realmente o consumismo é exposto (ter), ganhar (referência ao lucro sem princípios), roubar (SEM COMENTÁRIOS). É verdade: TER, GANHAR, ROUBAR, chama-nos a atenção).
  • Eu faço caras e bocas (Manipulação psicológica, muito comum em bebês. Deve ser corrigido pelos pais. Em adultos insuportável).
  • Com que roupa eu me dou bem (Note: O interessante não é a roupa, é ser dá bem)
  • Eu sei que caras e bocas (Eu sei Manipulação consciente, não somente um hábito adquirido).
Me levam para Roma também (Aqui uma clara referência ao adágio popular: “Quem tem boca vai a Roma” – Nota-se que o ditado refere-se, a alguém esforçado, dedicado, intrépido; consegue algo. No caso poderíamos ler assim: “que manipulação explícita e valores moralmente incorretos, podem me fazer um vencedor”.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Apologia ao satanismo na globo

Confira ate que ponto, chega o mal gosto, para não dizer diabólico. Até quando nos submeteremos ao monopólio global, e suas artimanhas subliminares? ACORDE!!

Simpathy for the devil (simapantia com o diabo), é a sublime e inocente música que é "enfiado guela abaixo" de 2ª a sábado para milhões de telespectadores, boicote isso. Glorifiquemos a Cristo. "TUDO que em fôlego louve ao SENHOR" Sl 150:6 . Segue a tradução:


Sympathy for the Devil
Simpatia Com o Diabo
Please allow me to introduce myself
I'm a man of wealth and taste
I've been around for a long, long year
Stole many a man's soul and faith
Por gentileza me permita me apresentar
Sou um homem de fortuna e requinte
Estou por aí já faz alguns anos
Roubei as almas e a fé de muitos homens
And I was 'round when Jesus Christ
Had his moment of doubt and pain
Made damn sure that Pilate
Washed his hands and sealed his fate
E eu estava por perto quando Jesus Cristo
Teve seu momento de duvida e dor
Fiz muita questão que Pilatos
Lavasse suas mãos e selasse seu destino
Pleased to meet you
Hope you guess my name
But what's puzzling you
Is the nature of my game
Um prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo
I stuck around St. Petersberg
When I saw it was a time for a change
Killed the Czar and his ministers
Anastasia screamed in vain
Eu aguardei em São Petersburgo
Quando percebi que era hora para mudanças
Matei o Czar e seus ministros
Anastácia gritou em vão
I rode a tank
Held a general's rank
When the Blitzkrieg raged
And the bodies stank
Pilotei um tanque
Usei a patente de general
Quando as blitzkrieg urgiam
E os corpos fediam
Pleased to meet you
Hope you guess my name, oh yeah
What's puzzling you
Is the nature of my game, oh yeah
Um prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes intrigam
É a natureza do meu jogo
I watched with glee
While your kings and queens
Fought for ten decades
For the Gods they made
Assisti com orgulho
Enquanto seus reis e rainhas
Lutaram por dez décadas
Pelos deuses que eles criaram
I shouted out
'Who killed the Kennedys?' When after all
It was you and me
Gritei bem alto
'Quem matou os Kennedys?'
Quando afinal de contas
Foi apenas você e eu
Let me please introduce myself
I'm a man of wealth and taste
And I laid traps for troubadors
Who get killed before they reached Bombay
Permita-me por gentileza me apresentar
Sou um homem de fortuna e requinte
Deixei armadilhas para ministreis
Que morreram antes de chegarem a Bombaim
Pleased to meet you
Hope you guessed! my name, oh yeah
But what's puzzling you
Is the nature of my game
Um prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome, oh yeah
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, oh yeah
But what's confusing you
Is just the nature of my game
Um prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes confunde
É a natureza do meu jogo
Just as every cop is a criminal
And all the sinners Saints
As heads is tails
Just call me Lucifer
'Cause I'm in need of some restraint
Assim como todo cana é um criminoso
E todos os pecadores Santos
Como cara é coroa
Basta me chamar de Lúcifer
Pois estou precisando de alguma restrição
So if you meet me
Have some courtesy
Have some sympathy, and some taste
Use all your well-learned politesse
Or I'll lay your soul to waste, um yeah
Então se me conhecer
Tenha alguma delicadeza
Tenha a simpatia, e algum requinte
Use toda sua polidez bem aprendida
Ou deitarei sua alma para apodrecer
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, um yeah
But what's puzzling you
Is the nature of my game, um! baby, get down
Prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome, oh yeah
Mas o que lhes intrigam
É a natureza do meu jogo
Woo, who
Oh yeah, get on down
Oh yeah
Oh yeah!
Tell me baby, what's my name
Tell me honey, baby guess my name
Tell me baby, what's my name
I tell you one time, you're to blame
Diga-me baby, qual é o meu nome
Diga-me doçura, qual é o meu nome
Diga-me baby, qual é o meu nome
Lhe digo uma vez, é sua culpa
Ooo, who, who
Ooo, who, who
Oh, yeah


Diga-me baby, qual é o meu nome
Diga-me doçura, qual é o meu nome
Diga-me baby, qual é o meu nome
Lhe digo uma vez, é sua culpa
Ooo, who, who
Ooo, who, who
Oh, yeah

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Guerra entre Universal, Mundial e igreja da Graça

Mais do mesmo


Crescimento da Igreja Mundial do Poder de Deus expõe a disputa por fiéis no neopentecostalismo brasileiro.


São seis horas da manhã de um domingo e algo anormal acontece na região central da cidade de São Paulo, geralmente deserta no primeiro dia da semana. Veículos e pedestres disputam lugar na Rua Carneiro Leão, que abriga a sede da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), a mais nova denominação neopentecostal de grande porte a surgir no cenário brasileiro. Dentro do enorme salão, antes utilizado por uma fábrica e agora chamado Templo dos Milagres, cerca de 15 mil pessoas parecem hipnotizadas pelo discurso do homem de meia-idade, negro e alto que está sobre o palco. O cenário lembra uma mistura de romaria católica, com fiéis segurando esperançosamente fotos de parentes, carteiras profissionais e garrafas de água – objetos que mais tarde serão ungidos –, e arena de boxe, com refletores e câmeras de tevê iluminando o tablado central. Não se pode perder uma cena sequer – afinal, todo o material gravado vai ao ar nos diversos horários que a igreja ocupa na tevê. O foco das atenções é Valdemiro Santiago de Oliveira, 45 anos, o apóstolo da denominação. Com inconfundível sotaque mineiro – é natural da pequena cidade de Palmas, interior de Minas Gerais –, o pregador movimenta-se de um lado para o outro, com bom domínio de cena.

Entre suas pregações feijão-com-arroz, ele se define, rindo, como “roceiro” e “comedor de angu”. Abraça as pessoas, chora com elas e derrama grossas gotas de suor, prontamente enxutas com uma toalhinha que depois é disputada pelos fiéis. Microfone em punho, Valdemiro entrevista pessoas da platéia. Testemunhos de cura de câncer, Aids, surdez, miopia se misturam a relatos de famílias restauradas, filhos que largaram as drogas e empregos que caíram do céu, tudo contado sob forte emoção. Tanta efervescência tem feito com que a Igreja Mundial cresça e apareça. Nascida há pouco mais de dez anos, em Sorocaba (SP), a denominação já alardeia possuir 500 templos em quase todo o país, além de representações em Portugal, Espanha, Japão e Moçambique, bem como nos vizinhos Uruguai, Argentina e Colômbia. Não se tem estatística confiável sobre o número de membros, mas os templos surgem aos borbotões pelos centros urbanos, repetindo o que aconteceu, em tempos idos, com duas outras gigantes neopentecostais: a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), surgida em 1977, e a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada em 1980 como dissidência da primeira.

O avanço da IMPD chama a atenção de especialistas, que já enxergam uma inevitável concorrência. “O crescimento da Igreja Mundial põe em evidência uma feroz disputa por fiéis”, opina o professor Ricardo Bitun, doutor em ciências sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Autor da tese Igreja Mundial do Poder de Deus: Rupturas e continuidades no campo religioso neopentecostal, o especialista diz que o aparecimento da denominação trouxe à tona um controvertido fenômeno entre os evangélicos que materializa aquela máxima de que “nada se cria, tudo se copia”: “Encontrei muitos pastores, não só entre os da Mundial, que imitam os trejeitos de Valdemiro. Falam com o mesmo sotaque mineiro, andam pelo púlpito, apertam os fiéis entre os braços”, observa.
Além da clonagem de estilo, que se assemelha ao processo que ocorre na Universal – onde os pastores imitam a voz e até os gestos manuais do líder supremo, bispo Edir Macedo –, Valdemiro Santiago tem muito mais a ver com a Iurd. Foi lá que ele se converteu e foi lançado no ministério religioso, pelas mãos do próprio Macedo. Durante 18 anos, militou na Universal, primeiro como pastor, e depois bispo. Foi missionário e ajudou a expandir as fronteiras da denominação na África.

“Mochileiros da fé” – O dirigente da IMPD dá muita ênfase ao relato de um salvamento no Oceano Índico, narrado em seu livro O grande livramento. Ele conta que só não se afogou porque foi resgatado por anjos. “A narrativa espetacular, de alguém que foi salvo da morte, fortalece sua imagem de homem de fé e valoriza seu discurso”, observa Bitun, deixando claro que não questiona se a história é verdadeira ou não. O motivo da saída de Valdemiro da Universal teriam sido desentendimentos acerca da nomeação de novos bispos para a cúpula da igreja, processo que o próprio Macedo faz questão de capitanear pessoalmente. Fato é que uma pequena reunião domiciliar com outras dezesseis pessoas, entre as quais a mulher de Valdemiro, Franciléa, e as duas filhas, Rachel e Juliana – mais tarde alçadas aos cargos de, respectivamente, bispa, missionária e ministra de louvor –, logo começou a expandir suas tendas. Um salão alugado aqui, um cinema adaptado ali, e a Mundial foi crescendo, visando à mesma fatia de público que a Universal e a Graça: as classes de C para baixo.

“É o que chamo de mochileiros da fé. Há muitos membros egressos da Graça e da Universal, inclusive pastores e obreiros”, continua Ricardo Bitun, que também é pastor e professor de ciências da religião na Universidade Mackenzie. A disputa por almas entre as três denominações já se faz sentir de maneira intensa. As provocações contra outras igrejas são, de certa forma, incentivadas pelo apóstolo da IMPD. É comum ele entrevistar pessoas que narram suas frustrações em outras igrejas e suas conquistas na Mundial. “Ele diz: ‘Lá não aconteceu, é? Vem pra cá, Brasil, aqui o milagre acontece’. É uma forma de dizer que apenas ali e, não nas concorrentes, está a bênção”, conclui Ricardo Bitun. Não por acaso, “Vem pra cá, Brasil”, é o bordão da programação televisiva da Mundial.

Valdemiro se diz perseguido por líderes evangélicos e políticos. Diz que querem fechar suas igrejas e tirá-lo da televisão. Sem mencionar o nome, faz menção a um pregador muito “educadinho”. “Ele diz ser missionário”, provoca o líder da Mundial, numa clara alusão ao fundador e dirigente da Igreja da Graça, Romildo Ribeiro Soares, o R.R.Soares, outro que faz da telinha um púlpito para entrar em milhões de lares pelo Brasil afora (ver abaixo).

Animosidade – Milagre é o assunto predileto de quem vai à Igreja Mundial do Poder de Deus. A maioria dos fiéis diz ter uma história para contar. “Ele é um homem ungido”, diz Isabel Clementino Ferreira, 52 anos, referindo-se a Valdemiro. Como prova da cura que diz ter recebido, gesticula amplamente os braços. “Tinha tantas dores que não conseguia fazer esses movimentos”, explica. Ao lado, as pessoas assentem com a cabeça. A comerciária Ângela Maria Marques da Silva, 53, chega para a conversa e começa a contar sua história de três anos na Igreja Universal, onde, segundo ela, nunca recebeu “a bênção”. “Aqui, com o apóstolo, fui curada de uma hérnia de disco e um mioma no útero. Quando ele chega, dá para sentir uma presença diferente no lugar”, acredita, reverente.

A mulher abre sua pequena Bíblia e lê a passagem de Mateus 24, onde Jesus afirma que derrubaria o Templo de Jerusalém e o reconstruiria em três dias, numa alusão à sua morte e ressurreição. “Sabe o que é isso? São os falsos profetas. Vê só a Renascer que desabou. Aqui, é diferente”, diz, com orgulho. A tragédia, ocorrida no dia 18 de janeiro, quando o templo-sede da Igreja Renascer em Cristo, também em São Paulo, veio abaixo, provocou a morte de nove crentes. A animosidade demonstrada pelos membros da Mundial é um eco do que é dito em seu púlpito. Em recente programa de tevê, Valdemiro se queixou que o “pastor educadinho” teria articulado com políticos maranhenses para que ele não pudesse usar o ginásio municipal da capital daquele estado, São Luís, para seus cultos. “Mas foi melhor, fizemos na praça e reunimos muito mais pessoas que caberiam no ginásio”, desdenha. Procurada por CRISTIANISMO HOJE para dar sua versão sobre o acontecido, bem como responder às insinuações do líder da Mundial, a Igreja da Graça não retornou os contatos da reportagem. Da mesma forma, a Igreja Universal, embora tenha solicitado que as perguntas fossem feitas por e-mail, não respondeu questionamentos acerca de suposta evasão de seus fiéis em direção à IMPD.

Hierarquicamente subordinado a Valdemiro, o pastor Ronaldo Didini é o homem forte da IMPD. Só que, ao contrário do chefe, que se reconhece simples e de pouca instrução, Didini é articulado, preparado e tem extrema vocação empresarial. É ele que está à frente da expansão corporativa da igreja, inclusive dando as cartas quando o assunto é televisão. Com passagem fulgurante pela Universal, onde se destacou como apresentador do extinto programa 25ª Hora, exibido pela Rede Record e que marcou época na TV evangélica brasileira, Didini também passou pela Graça, tendo ajudado a consolidar a igreja de Soares na Europa. Mais tarde, fundou lá a própria denominação, a Igreja do Caminho, mas pouco mais de três anos depois estava de volta ao Brasil.

Didini conta que chegou em situação dificílima e que foi Valdemiro quem lhe estendeu a mão. Agora, faz questão de destacar as qualidades da casa nova. “A Mundial representa um movimento autêntico de fé”, afirma. “Nosso culto tem três horas e meia e não se vê o apóstolo pedir mais do que 15 minutos de oferta”, argumenta, numa crítica nada velada à Iurd, cujos cultos promovem verdadeiros leilões de bênçãos. Ele admite que esteve “cego” no passado, em relação à teologia da prosperidade – doutrina que fundamenta a atuação das igrejas neopentecostais e que foi pregada durante anos pelo próprio Didini e por Valdemiro, que agora a definem como “coisa do demônio”.

Pressão pelo dinheiro – O pesquisador Paulo Romeiro, doutor em ciências da religião pela Universidade Metodista e dirigente da Agência de Informações Religiosas (Agir), reconhece que a igreja de Valdemiro tem características que a diferem das organizações similares. “Sua metodologia diverge da praticada por outros líderes de igrejas neopentecostais. A maioria das pessoas que frequentam a Mundial é composta por gente simples, mas que se identifica com seu líder, que senta-se ao lado delas, abraça e chora com seus fiéis”, analisa. “Eu o comparo com o movimento que David Miranda, da Igreja Deus é Amor, e Manoel de Mello, de O Brasil para Cristo, fizeram entre os anos 1950 e 60, época da segunda onda do pentecostalismo brasileiro, baseado nas curas divinas – com a diferença de que está melhor preparado em termos de conhecimento e não enfatiza usos, costumes e doutrinas”, comenta Romeiro, que é pastor da Igreja Cristã da Trindade, na capital paulista.

No entanto, o estudioso acha que a Mundial já dá sinais de que logo será mais do mesmo. “O ministério de Valdemiro, assim como outras igrejas, direcionará suas ações pastorais para as necessidades imediatas das pessoas”, prevê. Ele lembra que a Mundial também usa símbolos de fé, como o copo de água, a rosa e o pão abençoado. “Isso é copyright da Universal”, brinca. Autor do livro Teatro, templo e mercado: Organização e marketing de um empreendimento neopentecostal (Editora Vozes), o professor Leonildo Campos, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, concorda: “De todas as dissidências da Universal, apenas a Igreja da Graça e a Mundial do Poder de Deus ‘deram certo’ nesse complicado processo de clonagem e de reprodução de igrejas e fórmulas semelhantes”, avalia.

Na visão do estudioso, o que está em jogo para a Mundial é sua consolidação no mercado religioso brasileiro – no que, a propósito, iguala-se às igrejas que tanto critica. “Esses novos empreendimentos religiosos, ao empregarem a visão de mercado, desenvolvem mecanismos de competição apropriados para tempos de pluralismo e diversidade religiosa na geração de sua própria marca publicitária.” Nesta análise, a Igreja Mundial é apenas mais do mesmo – “No neopentecostalismo, está cada vez mais difícil separar o novo do velho. Na disputa por um lugar ao sol, Valdemiro tem mais é que bater nos demais pentecostais ou evangélicos tradicionais.” Leonildo lembra outro ponto comum entre as denominações dessa linha teológica: a pressão pelo dinheiro, fundamental na manutenção dos enormes aparatos de mídia que montaram. O estudioso estima que o gasto mensal da IMPD com televisão chegue aos 5 milhões de reais mensais, embora o montante e a origem do dinheiro arrecadado sejam guardados sob sigilo absoluto. “A pressão pelo dinheiro já levou a uma monetarização dos cultos em vários grupos neopentecostais. Aqui, o milagre não acontece sem que os pastores, bispos ou apóstolos peçam dinheiro.”

Telinha disputada

Desde que assumiu 22 horas diárias na programação do Canal 21, da Rede Bandeirantes, Valdemiro Santiago, apóstolo da Igreja Mundial do Poder de Deus, evidenciou algo que até então era pouco falado: a guerra pela audiência evangélica na tevê brasileira. Além do Canal 21, a Mundial ocupa espaços na Bandeirantes, na Rede TV! e na Rede Boas Novas. A voracidade pela telinha se explica. Desde a década de setenta, quando televangelistas americanos como Pat Robertson, Rex Humbard e Jimmy Swaggart fizeram sucesso entre os crentes brasileiros, a TV se revelou o melhor espaço para ganhar almas para Cristo e fiéis para as igrejas.
O veterano missionário R.R.Soares está no ar desde 1980. Atualmente, a Igreja da Graça tem apostado suas fichas na própria emissora, a Rede Internacional de Televisão (RIT). Com programação diversificada, que inclui cultos, jornalismo, entretenimento, debates e infantis, entre outras atrações, a RIT tem abocanhado fatia grande do público evangélico. A Graça também investe pesado em TV aberta, com diversos horários comprados na Bandeirantes, CNT e Rede TV!

Já a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) é dona da Record, a segunda maior rede da televisão brasileira. Embora o projeto de desbancar a Globo não passe de megalomania do bispo Edir Macedo – apesar de alguns triunfos sobre a rival, como a exclusividade na transmissão dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012 –, a Record tem crescido e conquistado cada vez mais telespectadores e publicidade. Na Iurd, a estratégia é adquirir espaços na grade da Record para transmitir cultos e programas apresentados por seus bispos. Além da mídia própria, a igreja também compra horários na Rede TV!

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

A teoria da manteiga

Um dos principais empecilhos a aceitação da religião, é certamente a ciência. Ela é por assim dizer a estrela do atual século. Podemos confiar absolutamente em seus dogmas? Ela é infalível? No atual século ela se tornou mais precisa, e menos errante? A Bíblia tem uma declaração um tanto forte, em relação à “ciência humana”: “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência” 1Tm 6:20. Paulo, embora fosse um homem bastante culto, aconselha a precaução em relação aos conhecimentos puramente baseados em princípios e valores humanos. Estaria ele certo?

O problema da manteiga ou da margarina?

Há algum tempo atrás parecia que havia uma briga: Ou comíamos manteiga (mais cara e também, mais gostosa), ou optaríamos em favor de nossa saúde, optando pela margarina, mais saudável e por incrível que pareça mais barata). Achamos a salvação! Tudo está resolvido! Embora o nosso pão não possa ter o mesmo sabor que a manteiga (consigo ainda lembrar de quando eram vendidas em papel alumínio e em formato retangular), mas tudo tem um preço. Se for para o bem de nossa saúde conforme eu vi diversos especialistas, categoricamente defenderem com ênfase intimidatória. Está certo!! Fiquemos com menos sabor, mas certamente com mais saúde! Nesta época, ela (a margarina) era apenas conhecida como baseada em gordura vegetal hidrogenada (ops!! não tínhamos ainda, o glamoroso e fashion titulo de gordura trans). Tudo isso se não me falha a memória, passou-se pelas décadas de 80/90 (porque quando era menino, lá pelos idos de 77,78,79... lembro-me bem! Podia se comer manteiga).

Creio que há algo estranho com a ciência!! E pelo argumento acima, espero que pelo menos em parte, você concorde comigo. Não é que um dia pela manhã, estava comendo o meu pão com manteiga, digo pão com margarina, e assistindo noticiário vespertino, no meio de uma mordiscada no pão, quase tive um infarto!! Incrível! Inconcebível! A cultuada e, (agora depois de tanto tempo) gostosa margarina, também é perigosa para minha saúde!!! Por um momento me vi como um soldado do século 17. Infeccionado por um médico, que nas melhores das intenções, depois de ter realizado diversas cirurgias, e lavado a sua mão numa mesma e imunda água agora também acabara de me infectar. Eu estava morrendo, com o (aval??) da segura e inerrante ciência. Paulo estaria certo??... .... Me vem novamente a admoestação a Timóteo “da falsamente chamada ciência” .

Não pretendo entrar no mérito, da eficácia e comprovada ajuda que a ciência

Proporciona-nos (quem se atreveria a dizer isso), quantos de nós, não ficamos maravilhados com as preciosas realizações do conhecimento humano: voamos, curamos, comunicamos, e fazemos tantas maravilhas, com o excepcional talento humano, que seria no mínimo leviano, tentar, maquiar isto. Pretendo sim, fazer um justo parêntese, na chamada inerrância. É um titulo que não fica e, talvez nunca poderá ser usado por algo que tenha, toques humanos. O HOMEM É FALHO.

No passado gênios erraram, e gênios acertaram. Atrevo a dizer o mesmo no presente: que ainda continuamos a errar!!

Nem tudo que é vinculado como verdade é sofisma, mas o homem erra por uma única e simples razão: Nem todas as variáveis e conceitos, lhes são totais!! Algo importante, com razoável frequência, lhe escapa. Por isso, o que hoje é dito que mata, amanhã e anunciada que cura!! E a recíproca também é verdadeira: Chocolate engorda e mata!! Não, não Chocolate emagrece e acrescenta longevidade!!?? Um diz: carne vermelha provoca enfarte e AVC, outro diz: pelo contrário, estudos comprovam que é justamente a novidade para a bomba humana e o seu ideal funcionamento!!!!????. Aonde está a verdade??

Perdoa-me, mas como representante da humanidade, talvez alguém possa dizer que estou “viajando”, mas... Embora pareça uma quimera tudo o que foi dito acima, atrevo a dizer: Posso estar errado, mas certamente nós todos também erramos!!! Continuarei a comer margarina (atente!! Agora as “melhores” vem em destaque 0% de gordura trans). Se os homens erram em uma variável aparentemente de tão “fácil avaliação”, como poderemos ser condecentes, com os outros dogmas da ciência? A teoria de Darwin deve ser aceita sem questionamentos? Por quê? As evidências comprovam que é nos questionamentos, em que nos diferenciamos dos outros animais!! Então questionemos!! Então duvidemos!!! Alguém disse certa vez “é errado teorizar sem ter todos os dados em mãos”; sinceramente vou ter de discordar (é disso que falo), em minha opinião é: “É errado impor uma teoria, sem ter todos os dados em mãos”.

O Assunto é extenso, mas em outra ocasião me proporei a divagar um pouco mais. Mas graças a Deus que ainda posso discordar!!. Jesus disse certa vez: “Se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres...”. Eu quero me libertar (pelo menos ter o benefício da dúvida). No passado a ciência que era aplaudida e reconhecida, como perfeita e intocável, cometeu erro grosseiros. O futuro nos dirá que talvez as certeza e convicções de hoje, não passaram de grotescas suposições filosóficas. Eu aplaudo a ciência (como não!! Eu escrevo em frente em uma tela colorida e posso errar e corrigir, sem ter que rasgar folhas) , mas pode ser que amanhã possam dizer, que a teoria da evolução escorregou na manteiga (ou talvez na margarina). Sabe se lá! Não creio que o meu raciocínio seja TRANScendental, ou muito gorduroso.

Gilson R. de Abreu

gilroab@gmail.com

terça-feira, 21 de abril de 2009

A origem do Dia das Maes


A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.

O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".

Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.

"Não criei o dia das mães para ter lucro"

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.

Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

Cravos: símbolo da maternidade

Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

No Brasil

O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.


Texto compilado das seguintes fontes

- Pesquisa de Daniela Bertocchi Seawright para o site Terra,
http://www.terra.com.br/diadasmaes/odia.htm
Fontes / Imagens:
· Norman F. Kendall, Mothers Day, A History of its Founding and its Founder, 1937.
· Main Street Mom
· West Virginia Oficial Site

- O Guia dos Curiosos - Marcelo Duarte. Cia da Letras, S.P., 1995.
- Revista Vtrine - artigo - Abril, S.P., 1999

terça-feira, 7 de abril de 2009

Senso Cristão



O Blog Olhar Cristão elaborou a projeção tendo como base os números oficiais do Censo Demográfico do IBGE do ano 2000 e uma população evangélica em 2007 estimada pela FGV em 17,88%. Com base nessas informações estimou em 19% a população de evangélicos para 2010. Esta projeção atende ao princípio da razoabilidade e destoa de muitos dados ufanistas. Depois do Censo demográfico do IBGE de 2000, não existe nenhuma fonte com dados reais.

Project

Confirmando: Censo de 2000: população: 169.799.170; evangélicos: 26.184.941 - 15,4%. Projeção para 2010: Censo da população: 192.000.000; evangélicos 36.480.000 - 19,0%.

Análise.Em 1991, era de 9% a participação dos Evangélicos na população do Brasil. De 1991 a 2000 houve um grande crescimento e esta taxa subiu para 15,4%. Foi durante esta época que surgiram com força o evangelismo pela TV com o Bispo Macedo da Igreja Universal e o Missionário Romildo R. Soares da Igreja da Graça. Também foi nesta década que a Igreja Batista encantou uma geração de adolescentes e jovens com o aparecimento da excelente Banda mineira - Diante do Trono - liderada por Ana Paula Valadão.

De 1991 a 2007 o crescimento patinou. Segundo Pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, em 2007 os evangélicos eram estimados em 17,88% da população brasileira. Isto foi motivo de comemoração pela Igreja Católica que ficou aliviada da perda constante de membros para o lado evangélico. Para o próximo censo demográfico de 2010, o Blog Olhar Cristão projetou um pequeno crescimento, situando em 19% a porcentagem de evangélicos. Sinceramente, esperamos que esta taxa seja maior, embora a realidade nos aponta para uma taxa sem brilho.

Ainda há tempo para refletir sobre o pouco crescimento de 2000 (15,4%) a 2007 (17,88%), caso queiram desconsiderar os 19% projetados por nós para o censo do IBGE de 2010. Por que o freio de mão está puxado?

Vamos apresentar algumas causas, sem pretensão de ser donos da verdade. Uma delas é a excessiva esposição da mensagem "dinheiro" através da TV e do rádio. É um "pede-pede-$" que assusta os não crentes. Isto leva a uma interpretação literal de ganância e avareza. A outra causa é a quantidade elevada de novas Igrejas que se funda todo dia. Todos querem ser pastores, e a presuposição de que as "outras" não sou do "meu" gosto. Por que será? Mas não é isso que é preponderante sobre a queda brusca na taxa de crescimento.

Pessoalmente, creio que hoje não se ganha mais almas apenas com um Evangelho de palavras. Evangelho é poder de Deus, e o poder de Deus são palavras confirmadas com sinais e maravilhas. Em uma geração que praticamente abandonou e desprezou o Espírito Santo de Deus, não me admira que a Igreja esteja trabalhando pouco e colhendo mais pouco ainda. O principal agente da conversão de pecadores está sendo apagado e relegado a terceiro plano, enquanto que o evangelho da "vitória" campea a muito tempo nos primeiros lugares no gosto do povo.

As grandes Igrejas Evangélicas não têm mais projetos e a visão acabou-se. Estão contentes com o tamanho dos próprios rebanhos. Hoje, talvez não esteja equivocado se disser que um projeto político gere mais paixão do que um projeto evangelístico. Billy Graham, um estrangeiro, no ocaso de seus 90 anos, mostrou às lideranças da Igreja Brasileira o caminho de um grande projeto. Ele veio, foi-se, e tudo voltou ao dantes. Morno.

Há um grande equívoco na maneira política das grandes Igrejas Evangélicas brasileiras. Não é um projeto político que vai levar a Igreja Evangélica a se dar bem no Brasil. É melhor um projeto evangelístico de grande envergadura. Se a Igreja desenvolver e se apaixonar por um grande projeto, vai voltar a crescer com mais ímpeto. É melhor ter 50% da população brasileira crente em cristo, do que ter 100 deputados na Câmara Federal. É muito simples: dos 50%, sem nenhum projeto político, sairão muito mais que 100 deputados - além do principal: que é agradar ao Espírito Santo e ao Senhor Jesus. Já não se trata de tornar o Brasil evangélico, mas de levar as almas dos perdidos, dos pródigos, dos gays, das prostitutas, dos grandes traficantes de drogas - a CRISTO.

Observando as últimas taxas de crescimento da Igreja Evangélica brasileira, podemos fazer uma interpretação com base em uma analogia: O noivo está chegando, mas está faltando azeite nas lamparinas dos convidados. A ceia das bodas está preparada, mas cada um, à sua maneira, não está de fato interessado em ir na festa.

Isso precisa mudar.

João Cruzué/cruzue@gmail.com

सेंसों गोस्पेल

O Blog Olhar Cristão elaborou a projeção tendo como base os números oficiais do Censo Demográfico do IBGE do ano 2000 e uma população evangélica em 2007 estimada pela FGV em 17,88%. Com base nessas informações estimou em 19% a população de evangélicos para 2010. Esta projeção atende ao princípio da razoabilidade e destoa de muitos dados ufanistas. Depois do Censo demográfico do IBGE de 2000, não existe nenhuma fonte com dados reais.

Project

Confirmando: Censo de 2000: população: 169.799.170; evangélicos: 26.184.941 - 15,4%. Projeção para 2010: Censo da população: 192.000.000; evangélicos 36.480.000 - 19,0%.

Análise.Em 1991, era de 9% a participação dos Evangélicos na população do Brasil. De 1991 a 2000 houve um grande crescimento e esta taxa subiu para 15,4%. Foi durante esta época que surgiram com força o evangelismo pela TV com o Bispo Macedo da Igreja Universal e o Missionário Romildo R. Soares da Igreja da Graça. Também foi nesta década que a Igreja Batista encantou uma geração de adolescentes e jovens com o aparecimento da excelente Banda mineira - Diante do Trono - liderada por Ana Paula Valadão.

De 1991 a 2007 o crescimento patinou. Segundo Pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, em 2007 os evangélicos eram estimados em 17,88% da população brasileira. Isto foi motivo de comemoração pela Igreja Católica que ficou aliviada da perda constante de membros para o lado evangélico. Para o próximo censo demográfico de 2010, o Blog Olhar Cristão projetou um pequeno crescimento, situando em 19% a porcentagem de evangélicos. Sinceramente, esperamos que esta taxa seja maior, embora a realidade nos aponta para uma taxa sem brilho.

Ainda há tempo para refletir sobre o pouco crescimento de 2000 (15,4%) a 2007 (17,88%), caso queiram desconsiderar os 19% projetados por nós para o censo do IBGE de 2010. Por que o freio de mão está puxado?

Vamos apresentar algumas causas, sem pretensão de ser donos da verdade. Uma delas é a excessiva esposição da mensagem "dinheiro" através da TV e do rádio. É um "pede-pede-$" que assusta os não crentes. Isto leva a uma interpretação literal de ganância e avareza. A outra causa é a quantidade elevada de novas Igrejas que se funda todo dia. Todos querem ser pastores, e a presuposição de que as "outras" não sou do "meu" gosto. Por que será? Mas não é isso que é preponderante sobre a queda brusca na taxa de crescimento.

Pessoalmente, creio que hoje não se ganha mais almas apenas com um Evangelho de palavras. Evangelho é poder de Deus, e o poder de Deus são palavras confirmadas com sinais e maravilhas. Em uma geração que praticamente abandonou e desprezou o Espírito Santo de Deus, não me admira que a Igreja esteja trabalhando pouco e colhendo mais pouco ainda. O principal agente da conversão de pecadores está sendo apagado e relegado a terceiro plano, enquanto que o evangelho da "vitória" campea a muito tempo nos primeiros lugares no gosto do povo.

As grandes Igrejas Evangélicas não têm mais projetos e a visão acabou-se. Estão contentes com o tamanho dos próprios rebanhos. Hoje, talvez não esteja equivocado se disser que um projeto político gere mais paixão do que um projeto evangelístico. Billy Graham, um estrangeiro, no ocaso de seus 90 anos, mostrou às lideranças da Igreja Brasileira o caminho de um grande projeto. Ele veio, foi-se, e tudo voltou ao dantes. Morno.

Há um grande equívoco na maneira política das grandes Igrejas Evangélicas brasileiras. Não é um projeto político que vai levar a Igreja Evangélica a se dar bem no Brasil. É melhor um projeto evangelístico de grande envergadura. Se a Igreja desenvolver e se apaixonar por um grande projeto, vai voltar a crescer com mais ímpeto. É melhor ter 50% da população brasileira crente em cristo, do que ter 100 deputados na Câmara Federal. É muito simples: dos 50%, sem nenhum projeto político, sairão muito mais que 100 deputados - além do principal: que é agradar ao Espírito Santo e ao Senhor Jesus. Já não se trata de tornar o Brasil evangélico, mas de levar as almas dos perdidos, dos pródigos, dos gays, das prostitutas, dos grandes traficantes de drogas - a CRISTO.

Observando as últimas taxas de crescimento da Igreja Evangélica brasileira, podemos fazer uma interpretação com base em uma analogia: O noivo está chegando, mas está faltando azeite nas lamparinas dos convidados. A ceia das bodas está preparada, mas cada um, à sua maneira, não está de fato interessado em ir na festa.

Isso precisa mudar.

João Cruzué/cruzue@gmail.com

sábado, 4 de abril de 2009

Crentes ajudam a disseminar boatos e mensagens sem qualquer veracidade pela internet



Seja sincero: quantas vezes você, evangélico e usuário da internet, já repassou mensagens com alguma novidade bombástica, como a conversão de uma celebridade, a descoberta de uma prova irrefutável das Escrituras ou um levantamento sobre quanto tempo falta para o Apocalipse? Se a resposta for “muitas”, não se culpe: você está dentro da normalidade. É que, com a disseminação da tecnologia digital, cada vez mais pessoas – crentes também, claro – têm acesso a uma quantidade imensurável de informações. Na mesma proporção, cresce também o tráfego de hoaxes, ou seja, aquelas mensagens cujo conteúdo não tem qualquer confirmação, mas transitam lépidas e fagueiras pelas ondas da web.

Hoaxes nada santos

Em junho, a notícia correu sites, listas e blogs evangélicos: uma escavação no deserto da Arábia Saudita teria revelado a existência de um esqueleto humano de tamanho fenomenal. A reportagem, que trazia uma foto mostrando um pesquisador ao lado de um enorme crânio, foi publicada originalmente no jornal The New Nation, de Bangladesh, e mesmo tendo circulado no suspeitíssimo território livre da internet, muita gente boa acreditou na história. Para os que crêem na Bíblia, a novidade tinha importância especial – a descoberta poderia corroborar cientificamente alguns relatos do livro do Gênesis que mencionam a existência de gigantes na Antigüidade, os enaquins. Rapidamente, cristãos dos mais variados pontos do planeta logo abraçaram o que se apresentava como “prova irrefutável da veracidade das Escrituras”.

Em pouco tempo, contudo, a farsa foi desmascarada. A foto não passava de uma montagem feita para um bem humorado concurso de manipulação de imagens realizado em outubro de 2002, junto com outras curiosas concorrentes, como a dos restos mortais do personagem de desenhos animados Fred Flintstone e a da logomarca da Volkswagen, supostamente encontrada – imagine! – num monumento egípcio milenar. O assunto foi tema da área especial sobre spams do portal Terra, em matéria do InfoGuerra, site especializado em segurança de informática. Nele, o triste comentário: “Um boato sobre a suposta descoberta de esqueletos gigantes no deserto árabe tem sido divulgado intensamente (...) A ‘notícia’ atingiu especialmente blogueiros e sites cristãos, para os quais a descoberta confirmaria passagens do texto bíblico.”

O episódio ilustra uma tendência que parece irreversível. O advento da internet, bem como a popularização da informática, trouxe, ao lado de incontáveis benefícios, um tremendo problema, para não chamá-lo de perigo: a disseminação de mentiras “verdadeiras” – ou hoaxes, para usar o jargão da web. Qualquer invenção ou maluquice saída da cabeça de alguém pode ser travestida de inquestionável verdade – como no caso do esqueletão – e rapidamente espalhada para o mundo todo. Incautos que recebem essas mensagens fantasiosas e acreditam no engodo se encarregam de passá-las adiante. Que atire a primeira pedra quem nunca recebeu e repassou um e-mail dizendo que uma nova doença mortal foi descoberta, que determinado refrigerante contém uma toxina que causa cegueira ou que livros editados no Primeiro Mundo já consideram a Amazônia como área internacional. São inumeráveis as lendas virtuais que circulam pela rede. E entre o joio e o trigo cibernético, muitos evangélicos, com o louvável desejo de encontrar provas para a veracidade da Bíblia ou desejosos de desmascarar artimanhas do diabo contra a fé, têm-se constituído em presas fáceis para os contos da internet.

O engano se torna pior quando pregadores usam tais “notícias quentes” para rechear sermões. Há coisa de dois anos, circulou pelas igrejas, inclusive nos púlpitos, a aterradora informação de que teriam sido gravados gritos e gemidos saídos das profundezas do inferno. A gravação dos tais sons, devidamente reproduzida da internet, correu mundo e virou peça fundamental de eloqüentes pregações contra as macabras conseqüências do pecado e da rebeldia contra Deus. Nos Estados Unidos, a história chegou a ser transmitida em cadeia nacional por uma emissora cristã. O caso era mais ou menos este: um grupo de pesquisadores russos, ao fazer uma escavação na Sibéria, teria descoberto que o centro da Terra é oco. Então, por meio de uma sonda, introduziram um microfone na fenda e teriam gravado “as vozes do inferno”, como ficaram conhecidas. Para decepção dos evangelistas mais exaltados, que já usavam o material para admoestar os ímpios, tudo era uma farsa surgida a partir de um artigo traduzido de um jornal finlandês. Ao contrário do que se dizia, não se tratava de um respeitável veículo científico, mas sim, de publicação de um grupo de cristãos.

Só que rastrear as origens de um boato nem sempre é fácil. O artigo tinha sido coletado por um colaborador a partir de outro jornal. Neste, por sua vez, a incrível história era apenas um texto escrito por um leitor, numa seção onde as pessoas podiam escrever sobre o que desejassem. E como quem conta um conto aumenta um ponto, ninguém sabia como a história havia começado. Então, Age Rendalen, um cristão norueguês radicado nos Estados Unidos, admirado com a facilidade com que os crentes ali acreditavam em histórias sem verificar sua autenticidade, resolveu ampliar o mito. Após saber do caso pela televisão, escreveu para a emissora, dizendo que havia voltado à Noruega e encontrado os jornais que confirmavam a impressionante descoberta, incluindo uma foto da equipe russa (forjada por ele). Claro que nada foi confirmado com Rendalen, apesar de ele ter colocado seu nome e endereço na carta para dirimir qualquer dúvida.

Um dia que “sumiu” – Outra história pitoresca do imaginário coletivo dos evangélicos há tempos é a do dia que falta na História. Essa, aliás, vem de muito antes do surgimento da internet – mas, evidentemente, potencializou-se pelas ondas da web e, vez por outra, aterrissa na caixa postal de algum desavisado. Nos anos 60, cientistas da NASA, ao participarem de um levantamento sobre a posição do sol, da lua e dos planetas nos últimos séculos, teriam percebido que falta um dia na história do universo. Um dos participantes do estudo, então, teria lembrado do que aprendera na Escola Dominical sobre os relatos do livro bíblico de Josué. No capítulo 10, está o registro do dia em que o líder hebreu, percebendo que seu exército estava prestes a vencer uma batalha, pediu a Deus que o sol parasse, a fim de prolongar a claridade do dia e consolidar a vitória de Israel.

A verdade é que o tal levantamento da NASA é pura especulação. A suposta pesquisa sobre o dia que falta surgiu num livro escrito pelo cientista Harry Rimmer, publicado em 1936. Nele, o autor menciona outro livro publicado em 1890, de um professor da Universidade de Yale que falava sobre o tal dia. Por volta de 1960, a história do cientista já circulava em vários âmbitos. Harold Hill, escritor e presidente da Curtis Engine Company, passou a contá-la para seus alunos. Após ser comentada na coluna de um jornal de Indiana, nos EUA, a notícia começou a se espalhar na forma de artigos, devidamente reproduzidos em boletins de igrejas e citados por pregadores. Hill, por sua vez, reconheceu não ter nenhuma prova do que contou, mas nunca abriu mão de considerar o relato verdadeiro, dedicando-lhe, inclusive, um capítulo todo de um livro seu – e, infelizmente, quem creu na história não demonstrou muito interesse em saber a verdade. Nestes casos, o que vale mais é a fantasia.

Bem mais realista foi o boato alarmante dando conta de que a multinacional Procter & Gamble (P&G), fabricante de produtos de beleza e higiene, incentivava o satanismo. Tudo porque seu presidente teria declarado, em um programa de TV nos EUA, que 10% dos lucros da corporação eram destinados à igreja de Satanás em território americano. E o pior é que o dirigente da P&G ainda teria acrescentado, com ares de bravata, que não temia qualquer retaliação por parte dos evangélicos contra os seus produtos. Assim que a história veio à tona, iniciou-se uma verdadeira cruzada contra a empresa, que atingiu até o Brasil. Por aqui, zelosas mamães crentes evitavam até mesmo vestir seus bebês com as fraldas fabricadas pela empresa, já que, como se dizia, as peças tinham, escondida, a imagem da Besta. Só que além de a declaração do presidente da P&G nunca ter sido dada – os cinco diferentes apresentadores mencionados no boato desmentiram que a entrevista tivesse sido feita – também não existe nenhuma marca satânica nos rótulos dos produtos da multinacional.

Outra insinuação de satanismo explícito foi feita contra a rede de fast-food McDonald’s. Acontece que algumas pessoas conseguiram enxergar o tridente do diabo no conhecido logotipo do grupo (um “M” amarelo estilizado). Apesar da irrelevância do fato, a coisa gerou bastantes comentários pelas igrejas. Grupos de jovens que esticavam os cultos nas mesas do McDonald’s começaram a procurar outros programas, e alguns mais zelosos chegaram até a boicotar o BigMac nos lanches com os amigos. Apesar de o grupo nunca ter dado importância ao fato – tanto que jamais emitiu qualquer tipo de nota desmentindo-o –, o boato veio por terra quando se divulgou, no início deste ano, que Joan Kroc, viúva do presidente da megacorporação, Ray, doara parte do miliardário espólio – a bagatela de US$ 1,5 bilhão, equivalente a R$ 4 bi – à Igreja Evangélica Exército de Salvação, que se dedica à pregação do Evangelho e ao socorro aos desvalidos.

A blasfêmia de Potter – Harry Potter, o célebre bruxinho, também foi pivô de acalorado debate virtual que voltou à tona há três meses, quando o terceiro filme da série, Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban, entrou em cartaz. Tudo porque, numa entrevista para um jornal britânico, a criadora do personagem, J. K. Rowling, teria feito declarações explosivas, confessando as raízes diabólicas de seus livros, além de blasfemar diretamente contra o Filho de Deus. Mesmo reconhecendo eventuais perigos ocultistas por trás das histórias do pequeno bruxo de Hogwarts, a declaração nunca foi feita. Ela foi criada pelo jornal on-line The Onion (A Cebola) em sua edição de julho de 2000. A matéria inventou ainda uma suposta entrevista da autora com o prestigiado jornal londrino Times. A linha jornalística do The Onion é justamente esta: mentiras. Todas as suas páginas contêm apenas mentiras de todos os tipos e tamanhos. Esta foi mais uma. Mesmo assim, a imagem de Potter entre os crentes, que já não era das melhores, deteriorou-se de vez após sites evangélicos terem divulgado como verdade o que Rowling não disse.

Outro exagero virtual foi a informação, que circulou celeremente pela internet, de que uma empresa de tecnologia já teria, prontinho, um chip capaz de controlar todos os seres humanos. De olho no Apocalipse, que prevê o surgimento de um controle diabólico e total sobre a humanidade, evangélicos de todos os cantos ficaram atentos à novidade. Houve quem ampliasse o fato por conta própria, dizendo que estariam sendo produzidos chips em larga escala – tudo prontinho para o dia em que ela, a terrível Besta, se manifestasse. Exageros à parte, o caso dos chips pessoais é verdade. De fato, a Applied Digital Solutions, uma empresa americana, desenvolveu o Verichip, minúsculo dispositivo com capacidade para guardar informações que podem ser lidas por meio de scanners eletrônicos especiais. Instalado sob a pele do usuário, o chip armazena diversas informações individuais, mas tudo com objetivos nada malignos: a expectativa dos inventores é apenas facilitar a identificação pessoal, o que dispensaria o uso de determinados documentos e cartões de crédito.

O secretário de Justiça do México, Rafael Macedo, e vários integrantes de sua equipe recentemente mandaram implantar um microchip sob a pele de seu braço. O dispositivo será usado por ele para acessar um novo banco de dados sobre crimes cometidos no país e também permitirá que ele seja rastreado em caso de seqüestro. Enquanto isso, freqüentadores da discoteca Baja Beach Club, em Barcelona, na Espanha, também utilizam o microchip. Assim, eles não precisam mais mostrar a carteira de identidade na portaria nem usar dinheiro. Além de identificar o cliente, o chip serve para anotar as despesas de consumo para depois serem debitadas em cartão de crédito. Quanto ao uso futuro do chip, não custa nada se manter atento.

O mito das “conversões” – Outra fonte inesgotável de boatos entre evangélicos é o que se poderia chamar de conversões fajutas. Volta e meia, circulam, em tons ufanistas, relatos dando conta de que determinada celebridade ou ator famoso entregou sua vida a Cristo. Morto num acidente nas pistas há dez anos, o supercampeão de fórmula 1 Ayrton Senna já foi tido diversas vezes como convertido. Embora o corredor, um dos maiores ídolos do esporte brasileiro, sempre tenha deixado clara sua fé em Deus, ele jamais admitiu que havia se tornado evangélico. Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, também já virou crente – pelo menos, é o que foi dito até mesmo em sites evangélicos. Neste caso, o que alimenta o mito é o fato de que Pelé é casado com a cantora gospel Assíria Nascimento. Além disso, os filhos gêmeos do casal foram apresentados a Deus numa igreja evangélica do Recife (PE), o que reforçou as especulações. Contudo, o ex-atleta continua afirmando que é católico, embora admita “admiração” pela fé da mulher. Em entrevista concedida a ECLÉSIA numa época em que os boatos fervilhavam, a própria Assíria reconheceu seu desconforto com a situação. “Sofri muitas cobranças. Já disseram até que eu fui colocada por Deus ao seu lado para levá-lo a Cristo”. Pelé, por sua vez, chegou a dar declarações dizendo que continuava fiel da Igreja Católica Apostólica Romana.

A mais recente conversão virtual foi a do bispo Sérgio von Helde, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Só que, neste caso, o processo teria sido inverso: o religioso, que se tornou conhecido por protagonizar o célebre episódio do “chute na santa”, teria tido uma revelação que o levara a render-se aos pés da Senhora de Aparecida. A história circulou no primeiro semestre deste ano e entupiu as caixas-postais dos internautas evangélicos. Nove anos depois de ter aparecido na televisão dando chutes numa imagem da santa, num programa da Universal, o bispo estaria sofrendo de grave doença numa das pernas – justamente a usada para desferir pontapés na imagem. Internado num hospital dos Estados Unidos, onde vive, ele teria sido atendido com desvelo incomum por uma enfermeira negra, que sempre lhe trazia palavras de ânimo e fé. Segundo o relato, Von Helde, uma vez recuperado, quis saber quem era a dedicada profissional, mas descobriu que nenhuma enfermeira negra trabalhava no hospital. Teria entendido, então, que se tratava de Aparecida – que, conforme a tradição católica, é uma santa negra. Arrependido pelo que fizera, o bispo teria abandonado tudo para ser seu devoto. A celeuma foi tão grande que o episódio chegou ao Programa do Ratinho, do SBT. Tudo balela. Von Helde permanece ligado à Universal. A reportagem de ECLÉSIA apurou que ele atualmente coordena as atividades da Iurd em Nova York, inclusive na área das telecomunicações.

O jornalista Giordani Rodrigues, fundador e editor do site InfoGuerra.com.br, dá as seguintes orientações para separar a verdade da mentira. “A primeira é usar o ‘desconfiômetro’. Qualquer mensagem que tenha sido enviada em massa, com alguma história mirabolante ou assustadora, pedidos de ajuda, vírus ‘descobertos ontem’ e sem vacina, denúncias gravíssimas nunca divulgadas e histórias do gênero, devem ser tratadas como um hoax em potencial”, ensina. Mesmo que sejam assinadas por supostas celebridades ou profissionais gabaritados – estratégia largamente utilizadas para dar-lhes credibilidade –, devem ser sempre tratadas com desconfiança, diz Giordani. “Mensagens desse tipo geralmente trazem a conhecida frase: ‘Envie para todos os seus contatos’”. Giordani alerta ainda que existem poucos hoaxes originais. “A maior parte são coisas antigas ou adaptadas, e, por isso mesmo, já estão catalogados por sites especializados”, esclarece. Ele deixa a sugestão: “Quem receber alguma mensagem com essas características deve, antes de divulgá-la, verificar se já não está registrada em sites como o setor de boatos do InfoGuerra ou o Quatrocantos.com, ambos brasileiros, ou o americano Snopes.com”.

“Lixo cibernético” – Já o pastor batista Ricardo Pimentel, especialista em informática, vai além: para ele, o servo de Deus deve ter muito cuidado no uso da internet. “O crente que sai divulgando qualquer coisa, sem critério, está cometendo um pecado”, sustenta. “A Bíblia fala que devemos remir o tempo e usar bem as oportunidades que temos. Quem divulga hoaxes aleatoriamente está roubando o tempo dos outros, além de prejudicar a credibilidade do veículo internet”. Ricardo, além de pastor-auxiliar da Primeira Igreja Batista de Vila da Penha, no Rio, é diretor geral da Teosplan, uma empresa de tecnologia voltada para o mercado evangélico. E ele diz que tem visto muito lixo cibernético. “A quantidade de spams e mensagens sem qualquer veracidade é assustadora”, reclama. “Eu assino 25 listas e minha caixa está sempre lotada de porcaria”. Aos evangélicos, sobretudo aqueles de boa fé, que apenas querem edificar os outros com as informações que recebem, Ricardo recomenda que procurem conhecer bem as regras da internet e os recursos de que ela dispõe para identificar e eliminar as baboseiras virtuais. “O que eu vejo de mensagens irresponsáveis dizendo que o cantor fulano morreu ou que o pastor beltrano caiu em adultério é um absurdo. E o pior é que muitos irmãos passam isso adiante, propagando mentiras e até calúnias virtuais”, alerta. Por tudo isso, é sempre bom lembrar do aviso do Senhor Jesus: “Ninguém vos engane!”

Fantástico mundo... das trevas?

O fantástico mundo do entretenimento da Disney também tem sido vítima de uma série de acusações mais ou menos fundamentadas. E o caso não tem nada de brincadeira – o império comandado por Mickey Mouse seria uma usina de pornografia e ocultismo. Tudo começou em 1997, quando a poderosa Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos propôs um boicote coletivo a todos os produtos, publicações e parques temáticos da corporação. Com mais de 20 milhões de fiéis, a decisão da igreja deu o que falar. Os crentes ficaram indignados porque homossexuais da região de Orlando, na Flórida – onde fica o Disney World – celebraram o Gay Day nas dependências do parque. A imagem de Mickey e do Pato Donald foram usadas nas comemorações, insinuando que os dois personagens teriam um envolvimento não revelado nas histórias em quadrinhos que protagonizam. Daí a uma catarse coletiva foi um pulo. Entidades como a Sociedade da Família Americana, a Maioria Moral e a Coalizão Cristã, com apoio de igrejas como a Assembléia de Deus, a Quadrangular e a Metodista apoiaram a iniciativa, desestimulando seus filiados e fiéis de consumir produtos Disney.

Desde então, tudo o que a corporação faz é visto com desconfiança pelos crentes ao redor do mundo. Na internet, então, os filmes de animação dos estúdios Disney têm apanhado feio. O desenho animado O rei Leão, por exemplo, foi acusado de difundir o espiritismo. Sucesso mundial, o desenho mostra uma cena em que o jovem príncipe Simba conversa com seu pai, morto, que reaparece entre as nuvens. O desenho tem também um leão afeminado e músicas da Nova Era, segundo sites evangélicos como o Estudosbiblicos.com e o Espada.eti.com. Outro site, Jesuscristo.com, até colocou na web um Dossiê Anti-Disney, no qual elenca outros pecados do mundo encantado. Ali, fica-se sabendo que o filme Hércules induz as crianças ao satanismo, já que o vilão, Hades, sai do inferno para azucrinar o herói. Em A pequena sereia, Ariel, a heroína, é estimulada a vender a alma para conquistar o coração do príncipe. Houve quem enxergasse, até, um pênis ereto numa das torres do castelo. Já o Amizadegospel.com conta que crianças americanas teriam adotado comportamento agressivo depois de assistir Mogli, e que uma garotinha teria arrancado suas roupas diante de uma cena de Aladin – o filme conteria mensagem subliminar estimulando o ato sexual. Pelo sim, pelo não, convém lembrar de um detalhe – o gato malvado do clássico Cinderela atende pelo sugestivo nome de Lúcifer...

Carlos Fernandes
é Editor e Redator da revista Eclésia

Fonte: Eclésia, edição 103

Por Amenidades da Cristandade

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Citações

Vida Cristã

"Esperança é Fé no futuro do indicativo = ACONTECERÁ"

A Excelência

"Somos o que repetidamente fazemos. Portanto a excelência não é um feito, é um hábito" Aristóteles

Vida Cristã

"Fé é a ação da Palavra. Medo é a hesitação".

Principios de Sucesso

  1. Pensamento (Prosseco mental)
  2. Sonho (Por Vezes utópico)
  3. Visão (delimita e trona prático)
  4. Ação (concretizando)
  5. Hábito (Esforço e continuidade)
  6. Caráter (Assimilado através de bons hábitos)
  7. Destino (Realização do projeto)

Pr. Silas Malafaia


Sobre Pessoas

" As pessoas que menos fazem, são as que mais criticam"

Gilson R. Abreu.

A lei do Reconhecimento

" O que não é reconhecido, é desprezado. Tudo o que é desprezado é ingratidão"

Gilson R. Abreu.

O jeito de falar

"As palavras de baixo calão, surgem quando faltam argumentos"

Gilson R. de Abreu.

Campeões

" Campeões são aqueles que fazem com intensidade, aquilo que as pessoas comuns fazem rotineiramente"

Pessoas e fracassos

Há quatro tipos de pessoas que irão fracassar:

  1. Insensíveis
  2. insensatas
  3. desatentas
  4. desanimadas

Tempo de Conversão

"Eu só sei que estou convertido quando o velho homen, passa ser um estranho para mim"

Gilson R. de Abreu

O problema do Mundo

"O inferno são os outros"

Jean Paul Sartre