Dobra o número de ateus e agnósticos nos EUA em 18 anos
O número de ateus dobrou nos Estados Unidos em 18 anos, chegando a 2,35 milhões. No período, o mesmo houve com os agnósticos. Total, uns e outros representam 4,7 milhões ou cerca de 1,5% da população.
Trata-se de um grande avanço levando-se em conta a forte tradição religiosa dos Estados Unidos.
A pesquisa feita pelo Trinity College mostra que há mais tolerância (ou menos intolerância) com quem não acredita em Deus e com quem não acredita e nem desacredita Nele.
Principalmente nas grandes cidades americanas, quem hoje afirma não crer em Deus já não é mais considerado um ET, ainda que permaneça com a pecha de excêntrico, de esquisito.
Mas a cultura de rejeição aos ateus de fato se enfraqueceu. Com tantos outros, Barack Obama prestou seu juramento de posse com a mão sobre uma Bíblia, mas foi o primeiro presidente que em seu primeiro discurso fez referência a quem não tem religião.
Houve queda no número de americanos cristãos, de 86% para 76%.
A religião que mais perdeu fiéis foi a protestante, a tradicional. A católica também teve perdas por causa dos escândalos dos padres pedófilos, mas houve uma compensação com o aumento dos imigrantes latinos.
As religiões evangélicas cresceram no período e hoje detêm 34% da população. Trata-se de um avanço que ocorre em vários países, incluindo o Brasil.
Nos Estados Unidos, essas religiões que fazem uma leitura literal da Bíblia são consideradas as mais conservadoras, tidas como de ‘direita’. Mas no Brasil, muitas delas – incluindo as da vertente neopentecostal -- passam por ‘progressistas’ em comparação com a Igreja Católica, que aqui ainda é hegemônica.
No Brasil, também aumentou o número de pessoas que declaram não ter religião, incluindo os ateus. Pelos dados do IBGE, atualmente esse contingente representa 7,3% da população, contra 1% dos anos 70.
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