O Mundanismo
I João 2:15-16
15 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
Nestes pequenos 2 versículos encontramos curiosamente, 4 vezes a palavra mundo. Leva-nos a crer a suma importância que o Apóstolo João, dava ao tema.
João escreve esta carta provavelmente na cidade de Éfeso, no final do primeiro século, e nesta ocasião a fidelidade e fé da “primeira igreja”, que havia visto Jesus e seus milagres se esfriara. Grande parte já estavam mortos como, Paulo, Pedro, Tiago entre outros, então João, em Cristo, experimentara o desprezo e perseguição, profetizada pelo Mestre Jo 15:19.
“Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia”. É nesta condição que ele elabora a sua carta e alerta sobre o perigo do mundanismo.
Não ameis o mundo: O que o apóstolo ordena na verdade? A resposta é clara: Absolutamente tudo, tudo o que há, todas as coisas. É nos confirmado na continuação do verso “e nem o que nele há’”. Por que não amar o mundo? E a resposta também é simples: Lc 12:34 “Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração”. Esta Palavra de Jesus nos mostra um princípio tremendo: O vínculo tesouro e coração. Parafraseando se diz assim onde se encontra a sua ambição, o seu desejo, onde fica o que você mais pensa, ai também está onde você deseja ficar. Se os seus objetivos estiverem focados em adquirir bens, prazeres, vontades, etc. Certamente ai está onde seu espírito almeja estar. Isso significa que não podemos Ter nada? Viver uma vida totalmente miserável? Uma vida voltada à miséria...? Sim e Não:
Sim se você desejar, se o seu coração se corrompe para uma concupiscência mundana, Tiver uma vida amando os prazeres deste século, certamente sim! Busque a mais alta abnegação, venda tudo, doe todas as suas coisas e viva uma vida de abstinência e pobreza conforme o Próprio mestre nos advertiu Mc 9:47 “E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno”; Sim se você não controlar os seus desejos mundanos, é preferível ter uma vida de carência e abnegação.
Também posso afirmar que não, realmente não é necessário ter uma vida de carência e miséria; o fato está em amar o mundo, e o que realmente é isso? É colocar o foco em coisas menores: Carros, casa, dinheiro, divertimento, viagens, entre outros. Cristo disse em Lc 21:34 “E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia”. A condição é está: não ter em primeira condição as coisas mundanas, ter como não tendo, pois são coisas pequenas e passageiras. Se você deixar de fora do centro da sua vontade, então não haverá problemas, de se ter os bens deste século. Uma passagem bíblica nos revela um princípio fantástico, que se encontra no livro de João 15:7 “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. Aqui mora um segredo: Se você estiver em uma comunhão perfeita, com Deus você poderá usufruir de uma abundante vida! Por quê? Por que isso não representará o primordial para ti, e sim o amor do Pai!
Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele: Amando o mundo se perde o amor do Pai. Que dilema... não se pode amar o mundo e também amar o Pai, o texto é direto e contundente: O amor do Pai não está nele... e nem poderia ser diferente Cristo disse isso durante todo o seu ministério, Mateus 6:24 “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. {ou as riquezas}” e em Jo 8:12 “... Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas..”. Novamente o texto nos alerta, sobre onde está o nosso coração. Que coisa terrível trocar o amor paterno, pela enganadora sedução mundana. Estar no mundo é uma condição de distanciamento de Deus, portanto não trilhe este caminho pois, o estar no amor de Deus garante paz, confiança, integridade, e de quebra ainda a vida eterna 1jo 2:17 “E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida: Neste ponto o apostólo nos destaca 3 pontos que nos afastam do amor do Pai:
· Concupsciência da carne
· Concupsciência dos olhos
· Soberda da vida
Primeiramente vamos ver o significado da palavra CONCUPSCIÊNCIA: No dicionário eletrônico Michaelis se define assim: “Grande desejo de bens ou gozos materiais”. No dicionário da Bíblia almeida refere-se deste modo: “Forte e continuado desejo de fazer ou de ter o que Deus não quer que façamos ou tenhamos”. Portanto é todo o desejo impróprio que o pecado nos seduz. Aviliemos agora separadamente cada concupsciência:
1. concupsciência da carne: O desejo de nosso corpo. Na prática poderíamos destacar como principal os de origem sexual; pois remete a uma busca inssássiavel por prazer do corpo como: adultério (relações sexuais fora do casamento), fornicação (relações sexuais antes do casamento), masturbação entre outros que encaixamos neste leque, dos prazers luxuriosos. Temos também alguns outros como o desejo desequilibrado por alimentos (glutonaria), alcool e drogas(vícios), que é nada mais, nada menos do que a citada concupsciência da carne – desejo de saciar o nosso corpo.
2. Concupscência dos olhos: É o desejo exessivo por adquirir algo impressionante ou que possa impressionar a alguém: Riquezas seria seu carro chefe. É inssassiabilidade por bens mundanos, tudo o que desperta um desejo irracional de posse, podemos ligar a concupsciência dos olhos. Outros não tão evidentes, mas nem por isso menos perigosos, temos: exesso de dedicação a tv, internet, esportes, as festas, ao lazer, etc, em detrimento a sua vida espiritual; certamente é o desejo rejeitado por Deus. Na verdade tudo o que toma seu tempo em demasia se torna seu Deus, e as escrituras nos exorta a amar Deus sobre todas as coisas. Concupscência dos Olhos – desejo de conseguir algo fora do propósito divino.
3. Soberba da vida: Agora temos algo mais sutil, mas não menos perigoso do que as outras concupscência: A soberba da vida. Soberba ou orgulho, é como um cancer no indivíduo, se não for estirpado pela raiz, pode inutilizar todo o conjunto. As outras manifestações do mundanismo, são mais evidentes e fáceis de se precaver pois existem em ambos casos algo palpável ao desejo, já a ânsia de glória é muito mais tênue e difícil de se previnir. Todo o desejo de aplauso, glória, reconhecimento, adulação, em se tratando do cristianismo é rejeitada pois, o servo (servidor) não é, e nem deve pensar em ser maior que o seu Senhor. Isaías 42:8b “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei”. Portanto rejeite toda a soberba desta vida, adulação, aplausos de homens, e busque uma vida humilde, pois na humildade, existe o principio da honra: Provérbios 29:23 “A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra”. O homem só deve buscar honra e glória no Senhor, pois nisto saciará o seu anseio Jeremias 9:24 “Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR”.
E finalizando o texto confirma: “não é do Pai, mas do mundo”. Portanto abandone o mundo e se achegue ao Pai, pois assim viverás a exelência e o propósito maior que foi planejado pra ti desde a fundação do mundo. Pense, reflita e seja um vitorioso. Em Lucas 9:25 coloca um principio, uma lei que deve fazer parte da sua diretriz de vida: marque,anote, pendure na cabeceira de sua cama, coloque no painel do seu carro, no vitrô de sua cozinha, enfim em um lugar que você possa ver seguidas vezes, até ele penetrar em seu espírito com raízes profundas, diz assim: ” O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira e ser destruído?”.
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